quinta-feira, 18 de março de 2010

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escuridão. põe os sentimentos à flor da pele. uma mãe no parque chama os filhos para a sua beira, ansiosa; um grupo de gajos barulhentos, com risos já de embriagados, 'bora fazer merda?' diz toda a sua linguagem corporal; uma rapariga solitária caminha mais depressa e agarra a mala com mais força 'não gosto disto, não gosto mesmo'; dois apaixonados olham-se 'quero-te!' parecem gritar os seus olhos intensos e retraiem-se mais no pretidão; as façadas de bravura e felicidade falsa caiem como meras máscaras 'já ninguém me vê, posso parar de fingir..'
E de repente a luz volta e a cidade brilha de novo e a mãe suspira, aliviada; e o grupo acalma-se, desapontados; e a rapariga senta-se um por um pouco, cansada pelo medo; e o casal emerge de faces rosadas e respiraçao ainda ofegante; e as máscaras são postas novamente 'alguem algum lado está a observar-me por isso 'até logo, verdadeira eu' ..

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